quarta-feira, 26 de outubro de 2022

UNDER PRESSURE (parte 2)

"Ninguém o despreze pelo facto de você ser jovem, mas seja um exemplo para os fiéis na palavra, no procedimento, no amor, na fé e na pureza." 1 Tim. 4:12 

O tempo e as experiências trazem amadurecimento, e este é o principal processo para resistir à pressão dos nossos relacionamentos. Por isso, os mais velhos não sentem tanta essa pressão. Ao longo da vida já passaram por diversas experiências e conseguem discernir o que os outros falam, ou quando fazem troça, e, desta forma, tais situações já não têm efeito ativo nas suas vidas.

Dificilmente uma pessoa com mais idade vai deixar de fazer algo que sabe que é bom porque alguém pode zombar dele, mas os mais jovens precisam ter maturidade para enxergar isso... O problema é que a maioria enxerga o agora, querem-se encaixar no "grupo" agora, querem viver o agora e não encaram a pressão que os seus relacionamentos operam sabendo que isso terá um fim. Um dia a faculdade acaba, os amigos mudam-se ou deixam de zombar de ti porque já não têm mais graça.  

Quando zombam de ti, por exemplo, porque não acreditas na teoria da evolução ou não embarcas na ideologia de género, a zombaria vai perder a força quando te portares com firmeza demonstrando a tua fé com amor ao próximo e com ações justas. Um passo importante no amadurecimento espiritual é demonstrar sempre amor ao próximo, tentar não ser reativo, mesmo com aqueles que zombam da tua fé. Isto vai fazer que a pessoa, com o tempo, respeite a tua fé e o teu posicionamento. 

Termino com Efésios 5:8-11
"Porque outrora vocês eram trevas, mas agora são luz no Senhor. Vivam como filhos da luz, pois o fruto da luz consiste em toda bondade, justiça e verdade; e aprendam a discernir o que é agradável ao Senhor. Não participem das obras infrutíferas das trevas; antes, exponham-nas à luz." 

Deixa que a Luz de Cristo que habita em ti possa raiar sem limitação, sem esconderijos.

Com amor,
Pr. José Carlos Ribeiro

quinta-feira, 20 de outubro de 2022

UNDER PRESSURE (parte 1)

"Filho meu, se os pecadores procuram te atrair com agrados, não aceites."  - Provérbios 1:10

Todos vivemos debaixo de pressão para nos amoldarmos ao meio em que estamos inseridos, seja na escola, na universidade, no trabalho ou nas amizades. Os mais jovens vivem isto em primeira mão e estão sujeitos a uma grande pressão mas, na verdade, hoje em dia este fenómeno é transversal a todas as faixas etárias.

Todos queremos firmar a nossa identidade, mostrar a nossa personalidade e mostrar aos outros quem nós somos! 

Existe, pois, um problema pelo qual todos passamos... É que para nos encaixarmos num determinado grupo, queremos nos comportar como tal. A partir da adolescência passamos a escolher as nossas roupas e queremos ficar parecidos com alguém a quem admiramos, um atleta, um cantor ou um ator. E desde essa altura da nossa vida e no posterior desenvolvimento da nossa personalidade e convicções, somos levados por diversos padrões de conduta e de valores.

Mas há um detalhe... Devemos enxergar as consequências das atitudes daqueles que não seguem o padrão cristão, o padrão bíblico. Temos uma necessidade premente de identificarmos as pessoas, para sabermos até que ponto a nossa amizade ou relacionamento pode ir. E é fácil fazer esta identificação: piadas sujas; mentiras; criticismos; amargura nas palavras; murmurações; invejas; etc, são um sinal claro que tal pessoa merece o nosso cuidado, merece o nosso amor, mas não necessariamente a nossa amizade contínua.

Pedro alerta-nos para este cuidado:
"Eles dizem coisas orgulhosas e loucas e com os seus desejos impuros e imorais enganam as pessoas que estão quase escapando daqueles que vivem no erro. Prometem liberdade a essas pessoas, mas eles mesmos são escravos de hábitos imorais. Pois cada pessoa é escrava daquilo que a domina." -  2 Pedro 2:18-19. 

Hoje deixo este alerta... Não te deixes sucumbir a esta pressão! Ama as pessoas, relaciona-te com elas, mas sê quem tu és em Cristo e leva contigo a vida abundante que está em ti!

Com amor,
Pr. José Carlos Ribeiro.

quinta-feira, 13 de outubro de 2022

INTENSIDADE

"Ama o Senhor teu Deus, com todo o coração, com toda a alma, com toda a mente e com todas as forças." - Marcos 12:30

Quando Jesus dá esta resposta, Ele responde a um homem conhecedor das escrituras. De certa forma, eu e tu, que já conhecemos as escrituras, deveríamos continuamente receber a mesma resposta e entender o que aqui nos diz respeito.

A palavra "todo ou toda" mencionada neste versículo, está escrita em grego "apeiron" que, literalmente, traz o significado de: sem qualquer limitação, infinito, com intensidade. Jesus está-nos a explicar que amar a Deus, é algo realizado sem qualquer limitação e com total intensidade, nas diversas áreas constituintes da nossa vivência como seres humanos, ou seja, nas nossas emoções e sentimentos (todo o coração e toda a alma), no nosso conhecimento, estudos, leitura, procurando saber cada vez mais sobre Ele (toda a mente) e com o nosso corpo, serviço, tempo e decisão (todas as forças). 

Jesus é radical nesta afirmação! Ou é tudo de nós, ou é nada!

Existe intensidade impressa neste versículo, existe intensidade no primeiro e maior mandamento deixado por Jesus, intensidade essa que deve envolver todo o nosso ser trino no amor ao Senhor. Amor esse que tem uma voz, amor esse carregado de ações. Aquele que é morno, ou mais ou menos, o que se comporta com mediocridade, o  meio termo e a superficialidade, nunca foi algo aceite por Deus. Ou nos entregamos por completo a Ele e vivemos uma vida intensa na oração, leitura e meditação da Palavra, comunhão e intimidade, ou não desfrutaremos de toda a plenitude que Ele tem para nós.

Tenho a certeza que você não quer viver uma vida dessas. Acredito que você queira, sim, viver o plano e propósito completo de Deus. Este é o tempo de nos levantarmos com intensidade, e não nos conformarmos em viver uma vida na mesmice, sendo movida por circunstâncias ou fatores externos, como se não houvesse uma causa maior para viver. É o tempo para nos esforçarmos, romper com limites e aprendermos a confiar em Jesus na hora da adversidade, não deixando que os momentos difíceis roubem a nossa intensidade de amor por Ele.

Encerro com Romanos 12:11 versão NTLH: "Trabalhem com entusiasmo e não sejam preguiçosos. Sirvam o Senhor com o coração cheio de fervor."

Com amor,
Pr. José Carlos Ribeiro

quinta-feira, 6 de outubro de 2022

QUE BANDO! (parte 4)

"O meu reino não é deste mundo; se o meu Reino fosse deste mundo, lutariam os meus servos, para que eu não fosse entregue aos judeus; mas, agora, o meu Reino não é daqui." - João 18:36

(Continuação da semana passada...)

A história da igreja relata a sua ação executada por um bando de loucos: remamos contra a maré; somos considerados "desencaixados"; falamos de coisas que ninguém entende; admitimos a realidade do pecado; o nosso Líder é um morto que ressuscitou e disse que vai voltar; cremos em milagres; anulamos o poder da enfermidade no corpo humano; apregoamos a possibilidade de santificação; temos esperança no mundo vindouro; reconhecemos a existência do inferno; alertamos as pessoas que precisam escapar do juízo; os nossos líderes são, frequentemente, homens e mulheres que reputamos como cheios do Espírito e ensinadores da justiça.

A componente “loucura” é, na verdade, inerente à mensagem do Evangelho porque, como disse Jesus, “o meu reino não é deste mundo”. A isto se associa o facto de que é necessário haver uma certa perseguição aos crentes, ainda que de forma velada, ainda que não a provoquemos, ainda que procuremos viver em paz. A Igreja nunca estará confortável neste mundo... Quem está confortável precisa rever se é verdadeiramente um servo de Deus fiel. A oposição a esta "loucura" vem pela Fé e Razão, que constituem dois meios de obtenção do conhecimento verdadeiro, mas cada uma preenche o espaço que Deus lhe reservou. Na verdade, a razão serve para compreender as coisas espirituais mas, atenção! Somente o homem espiritual consegue que a sua razão seja iluminada pelo Espírito Santo, o que se alcança por meio da fé.

A boa teologia não é irracional, tampouco racionalista: a boa teologia é aquela que reconhece os limites da razão humana e que glorifica a Deus, justamente por entender que a Sua Palavra revela mistérios.

Este é o "bando" a que pertencemos! Desafiados a viver uma "loucura", mas adaptados a transformar todas as circunstâncias à nossa volta!

Que bando!

Com amor,
Pr. José Carlos Ribeiro