terça-feira, 22 de dezembro de 2020

ORDEM DE ABENÇOAR

"Ouça, recebi ordem de abençoar; Deus abençoou, e não posso anular a Sua bênção!" - Nm. 23:20 (NVT)

Estamos a poucas horas de entrar em mais um novo ano!

Todos temos projetos e planos e, ao mesmo tempo, surgem incertezas, indefinições, mas sempre existe expectativa pelo novo. O novo traz um "cheiro" especial! Naturalmente, precisamos de ter novidade no dia a dia para que as rotinas sejam quebradas, seja em que âmbito for: no casamento, é preciso; na profissão, é preciso; nos relacionamentos, é preciso; nos estudos, é preciso; no lazer, é preciso; até na igreja, é preciso!

Tudo aquilo que se mantém sem novidade, morre!

A morte é gerada pela inatividade, pela pachorrice, pela preguiça, pela morbidez do "deixa andar", pela indiferença entre o que se passa ao nosso redor, pelo ciúme e pela inveja. Tudo aquilo que dá um pouco mais de trabalho, por exigir uma ação e uma determinação, é um claro convite a vivenciar esta "morte" pré-anunciada. Alguns estão mortos neste estado vegetativo espiritual, em que nada faz diferença. Se pelo lado festivo vidas são salvas, se pelo negativo vidas estão a caminho do inferno, se a sua vida influencia outros, ou se os demais em nada são influenciados por si, se o Reino de Deus está a avançar ou se as trevas ganham terreno... Nada, mesmo nada faz diferença. Estes são os mortos!

Mas neste novo ano NÃO! A morte não tem lugar entre aquilo que é abençoado!

O profeta Balaão declarou a bênção sobre o povo de Israel, contra a ordem que Balaque lhe tinha dado para amaldiçoar o povo (ver Números 23). E a resposta de Balaão a Balaque é aquela que se encontra em epígrafe. Interessante não é? Esta declaração é entusiasmante e faz-me entrar no novo ano cheio de "adrenalina".- Eu vou abençoar o novo ano e esta é a bênção de Deus, e a bênção de Deus não pode ser anulada!

Abre a tua boca e abençoa. Vence a morte e faz-te parte da vitória!

Até para o ano!

Pr. José Carlos Ribeiro

HEI... É NATAL!

«'Não tenha medo, Maria', disse o anjo, 'pois você encontrou favor diante de Deus. Ficará grávida e dará à luz um filho, e o chamará Jesus. Ele será grande, e será chamado Filho do Altíssimo. O Senhor Deus lhe dará o trono de seu antepassado David, e ele reinará sobre Israel para sempre; seu reino jamais terá fim!'» - Lc. 1:30-33

Estamos a começar a celebração do Natal. Nós, aqueles que já somos o Seu Povo adquirido, os filhos de Deus, testemunhamos deste natal de forma totalmente diferenciada dos demais. O nosso gozo não está nas comidas ou bebidas, não está nos presentes, nem mesmo no ajuntamento da família. Tudo isto faz parte da celebração, sim, mas não é quesito requerido a uma boa festa! Nós celebramos a Jesus, o Nome acima de todo o nome! Porque este Jesus veio e está vivo em nós na pessoa do Espírito Santo, e Ele continua a operar de acordo à Sua natureza perfeita e divina. Sabe através de quem?! É isso mesmo... Através de si e de mim!

A conduta, exemplo e vivência de Jesus, é a nossa conduta, exemplo e vivência:
- Jesus amou a Deus e ao próximo;
- Jesus perdoou;
- Jesus foi caluniado, abandonado pelos amigos, traído e sujeito a injustiças;
- Jesus dedicou horas sem fim às almas sedentas de amor e conhecimento, não se importando se eram ricos ou pobres, justos ou injustos, poderosos ou sem prestígio algum, se gostavam ou não dele;
- Jesus foi o maior exemplo de grandeza e sabedoria;
- Jesus não estabeleceu qualquer diferença entre gentios e judeus, não estabeleceu nenhum templo religioso, não instituiu rituais nem recomendou práticas exteriores para adorar a Deus ou como condição para conquistar a felicidade;
- Jesus falava das verdades que conhecia, das moradas da Casa do Pai, da necessidade de adorar a Deus em Espírito e Verdade, e não aqui ou ali, desta ou daquela forma.
- Jesus falou que o Reino dos Céus não tem aparência exterior e não é um lugar a que chegaremos, provavelmente, um dia, mas que este Reino está na intimidade do ser, para ser conquistado e implantado na vivência diária;
- Jesus é vida, e vida abundante;
- Jesus é caminho e verdade;
- Jesus é a porta;
- Jesus é o Bom Pastor;
- Jesus é o Mestre;
- Jesus é o maior e único amigo.

Hei... É Natal! Abra os olhos e celebre...

Pr. José Carlos Ribeiro

quarta-feira, 16 de dezembro de 2020

O SACERDÓCIO DO NATAL

"Mas, quando chegou o tempo certo, Deus enviou o seu próprio Filho, que veio como filho de mãe humana e viveu debaixo da lei para libertar os que estavam debaixo da lei, a fim de que nós pudéssemos nos tornar filhos de Deus." - Gl. 4:4-5 (NTLH)

Ao falar em sacerdócio temos, obrigatoriamente, que nos situar no seu significado, ainda que de forma ligeira e superficial devido às poucas linhas dedicadas a este breve devocional.

No Antigo Testamento, a palavra sacerdote é a tradução do original hebraico "kahen". Segundo os estudiosos de hebraico, esta palavra, que nas suas diversas variações ocorre mais de 770 vezes, advém da conjugação do termo "kun", aliado à forma verbal "kahan", que assim traz o sentido literal de "permanecer, ficar junto, estar firme e fundar". Traz, assim, a interpretação de que o sacerdote é alguém que permanece na função sacerdotal de forma firme e invariável perante Deus, como representante do povo. No Novo Testamento, a palavra no grego é "hiereus" cujo significado é o mesmo, ainda que alargado no seu âmbito de ação, pois o sacerdócio já não é realizado somente pelo habitual "sacerdote" do templo, mas por todos quantos são filhos de Deus, como está descrito em I Pd. 2:9 - "Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real..."

O exercício do sacerdócio faz parte do quotidiano de cada filho de Deus, crente em Cristo Jesus. Todo aquele que professa que Jesus é o Seu Salvador, é um sacerdote que representa o povo perante Deus e, na sua essência, é alguém que permanece firme e constante nestas nobres a altas funções.

Natal não é comida nem bebida. Natal não é juntar a família. Natal não é uma mera demonstração de amor humano esvaziado em fúteis presentes. Natal, Jesus nascido, tem que ser um Jesus vivenciado e experimentado em todos os âmbitos da nossa vida, 365 dias por ano e não somente numa época, que nem sequer é a correta em calendário.

O Natal, época totalmente adulterada em valores, conceitos e práticas, traz o advento do seu real significado e valor às nossas mãos. Jesus nasceu, sim, mas Jesus deixa-nos a nós, Seus filhos, o sacerdócio como responsabilidade.

Jesus, nascido de mulher humana, veio libertar os que estão debaixo da lei. E quem exerce esta função hoje?
Eu e tu, sacerdotes!

Com amor,
Pr. José Carlos Ribeiro

quarta-feira, 9 de dezembro de 2020

PROCRASTINAÇÃO

“Quem fica à espera que o vento mude e que o tempo fique bom, nunca plantará, nem colherá nada.” – Ec. 11:4 (NTLH)

Lembro-me que um dos aspetos que sempre trabalhamos na educação dos nossos filhos, de forma propositada e consciente, foi a procrastinação. Não que eles fossem muito sujeitos a esta característica, mas por cuidado na devida educação e preparação deles para a vida que tinham que enfrentar. A procrastinação, uma palavra difícil de pronunciar e por muitos desconhecida, não é nada mais do que deixar para depois o que se pode fazer agora.

Mais do que nunca, vivemos tempos em que este efeito na nossa sociedade se tornou um “modus operandi”. É quase viral! Vemos a procrastinação nos governos, nas famílias, nos matrimónios, nos trabalhos, nas escolas e, infelizmente, nas igrejas. Há pouca vontade de resolver problemas, de inovar e de ser parte das soluções.

Popularmente se diz que “quem não arrisca, não petisca” e, com verdade, vemos isso acontecer um pouco por todo o lado. E aqueles que arriscam são julgados em praça pública e até ridicularizados! Agora, olhando bem para tantas situações que temos observado, aqueles que arriscam, semeiam e vão um pouco mais além do que as circunstâncias ou os outros determinam, colhem na sua maioria e são frutíferos!

Hoje há uma decisão a tomar. A decisão de não procrastinar mais. De levar a termo certo tudo aquilo que tens em tuas mãos e desenvolver, com expectativa e determinação, a semente que consta do teu poder de decisão, anulando as circunstâncias, contextos e “meteorologias” adversas na tua vida!

Com amor,
Pr. José Carlos Ribeiro

quarta-feira, 2 de dezembro de 2020

TOUCHÉ!

"Em breve o Deus da paz esmagará satanás sob os pés de vocês." - Rm. 16:20a (NVT)

Este termo "touché" é usado num desporto olímpico muito antigo, a Esgrima, e consta que se pratica desde 1200a.c. Este desporto é caracterizado por ser um duelo entre dois esgrimistas que utilizam um florete, ou espada ou sabre. Seja qual for o tipo de arma utilizado, o objetivo é sempre o mesmo: desferir um toque no corpo do adversário e, assim, acumular pontos neste duelo. O que tiver mais pontos e menos faltas, é o vencedor.

Sempre que os esgrimistas tocam com a arma no corpo do adversário, dá-se o nome touché (toque), e acumulam pontos para a vitória no duelo.

Como cristãos e filhos de Deus, temos que encarar à nossa frente diversos duelos, lutas e desafios que, se não forem levados em conta desta forma, não conseguiremos desferir os diversos touché que precisamos para a vitória. O objetivo é sempre "marcar pontos" e desferir golpes com touché.

O adversário pode ser o diabo, sim, mas também pode ser a nossa carne, os nossos desejos pecaminosos, a nossa vontade de viver como o mundo ou, simplesmente, de nos confundirmos no meio da multidão. Enfim, é a luta com o pecado que quer tomar forma e vencer na nossa vida. 

Tal como na esgrima, é preciso ser persistente no combate, nunca baixando a arma e fazer touché continuamente num duelo que acabará em breve. Nesse momento, celebrarás a vitória estrondosa, pois o inimigo, satanás e tudo o que ele desenvolve, será esmagado debaixo dos nossos pés.

TOUCHÉ!

Com amor,
Pr. José Carlos Ribeiro