"Mas, quando chegou o tempo certo, Deus enviou o seu próprio Filho, que veio como filho de mãe humana e viveu debaixo da lei para libertar os que estavam debaixo da lei, a fim de que nós pudéssemos nos tornar filhos de Deus." - Gl. 4:4-5 (NTLH)
Ao falar em sacerdócio temos, obrigatoriamente, que nos situar no seu significado, ainda que de forma ligeira e superficial devido às poucas linhas dedicadas a este breve devocional.
No Antigo Testamento, a palavra sacerdote é a tradução do original hebraico "kahen". Segundo os estudiosos de hebraico, esta palavra, que nas suas diversas variações ocorre mais de 770 vezes, advém da conjugação do termo "kun", aliado à forma verbal "kahan", que assim traz o sentido literal de "permanecer, ficar junto, estar firme e fundar". Traz, assim, a interpretação de que o sacerdote é alguém que permanece na função sacerdotal de forma firme e invariável perante Deus, como representante do povo. No Novo Testamento, a palavra no grego é "hiereus" cujo significado é o mesmo, ainda que alargado no seu âmbito de ação, pois o sacerdócio já não é realizado somente pelo habitual "sacerdote" do templo, mas por todos quantos são filhos de Deus, como está descrito em I Pd. 2:9 - "Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real..."
O exercício do sacerdócio faz parte do quotidiano de cada filho de Deus, crente em Cristo Jesus. Todo aquele que professa que Jesus é o Seu Salvador, é um sacerdote que representa o povo perante Deus e, na sua essência, é alguém que permanece firme e constante nestas nobres a altas funções.
Natal não é comida nem bebida. Natal não é juntar a família. Natal não é uma mera demonstração de amor humano esvaziado em fúteis presentes. Natal, Jesus nascido, tem que ser um Jesus vivenciado e experimentado em todos os âmbitos da nossa vida, 365 dias por ano e não somente numa época, que nem sequer é a correta em calendário.
O Natal, época totalmente adulterada em valores, conceitos e práticas, traz o advento do seu real significado e valor às nossas mãos. Jesus nasceu, sim, mas Jesus deixa-nos a nós, Seus filhos, o sacerdócio como responsabilidade.
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