sábado, 28 de março de 2020

CASCA GROSSA

“Mas o fruto do Espírito é amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio.” – Gl. 5:22-23

A fruta é maravilhosa. É das coisas que mais aprecio comer. Toda, sem excepção, é deliciosa, pelo menos para o meu gosto. Delicio-me com morangos, um dos frutos que mais aprecio, delicio-me com pêssegos, diospiros, figos, papaias, laranjas, enfim, um sem número de frutas que me fazem crescer água na boca!

Acontece ter em mãos frutos tão apetecíveis à vista que, prontamente, vou buscar saciar este desejo. Uma bela laranja... hum! Redonda, grande, de casca brilhante... hum! Pego nela e... ui, é tão leve?! Começo a descascar e vejo uma casca tão grossa, tão grossa, que a verdadeira laranja é menos de metade do tamanho total! Ainda por cima tem pouco sumo, é seca, pouco doce! Eish... Que desconsolo!

É desconfortante! Comer uma fruta que aparenta ser uma coisa e depois é outra totalmente diferente, é algo que cria sensações negativas e de constrangimento. Certamente que não voltarei a comprar esta laranja no mesmo lugar onde a comprei.

Quantas vezes temos sido frutos de casca grossa? Aparentamos honestidade, altruísmo, dedicação, sacrifício, amor, um sem número de atributos “religiosos” que nos ficam tão bem. Lá no fundo, sabemos bem que a visibilidade exterior que demonstramos não é concordante com o “sumo” que transportamos e, dessa forma, não nos deixamos envolver com os outros, protegemo-nos e fechamo-nos numa pretensa timidez. Só para não nos deixarmos “descascar”!

Deixa-te disso... Sê uma verdadeira fruta, deliciosa, que alimenta a muitos, que muitos querem experimentar e provar, saciando a todos e levando-os a encontrar a verdadeira fonte deste “sumo” – o próprio Espírito Santo de Deus!

Uns gostam, outros não. Não faz mal! Preocupa-te com o fruto que há em ti! 

Com amor,
Pr. José Carlos Ribeiro

sexta-feira, 20 de março de 2020

COVID-19... PODER OU SUBMISSÃO

Pois o Espírito que Deus nos deu não nos torna medrosos, pelo contrário, o Espírito nos enche de poder e de amor e nos torna prudentes. – II Tim. 1:7 (NTLH)

Estamos perante um inimigo comum e desconhecido! Enfrentamos uma luta que seguirá por muito tempo, se não no campo viral, o será no campo económico mundial.

Mas precisamos encarar esta nova situação de vida e de quotidiano, como algo favorável a tantos outros domínios, os quais não contemplávamos antes: temos mais tempo com a família; valorizamos as coisas mais vulgares; dedicamo-nos à simplicidade; ansiamos a volta do relacionamento social; pomos em dia as arrumações que estavam pendentes; etc.

Apesar do mal que este vírus traz consigo e do mal que está a infligir em tantos por todo o mundo, cabe-nos agradecer a Deus pelo Seu cuidado e zelar pela nossa conduta de vida e confiança n’Ele.

Há um medo imposto pelo sistema deste mundo que tem levado muitos a derrapar na sua fé, constância e dependência de Deus. Um medo que atravessa fronteiras, relacionamentos, conjunturas e funções. Mas precisamos verificar pela Palavra do próprio Deus que este medo tem que ser submetido a um poder outorgado por Deus, e não a um vírus que de Deus não tem nada!

Quando Deus criou o homem e a mulher, declarou que seria criado com poder sobre a restante criação (Gn.1:26). O poder de Deus está outorgado ao próprio homem (humanidade) por decisão divina. Sim... É verdade que perdemos este poder a partir do momento que o homem pecou e se afastou de Deus, mas a história não termina aqui! Deus enviou o Seu Filho Jesus para que este poder fosse novamente entregue nas mãos do ser humano! O Plano inicial de Deus para a humanidade, não foi restringido a uma estação... É um plano intemporal e eterno!

O homem natural tem trazido um vaticínio de derrota e descrença perante o inimigo covid-19, mas o Poder de Deus vence toda a sabedoria humana. É chegada a hora de vivermos o que pregamos... Vivermos aquilo que durante tanto tempo temos dito “Amém!”... Anunciarmos a resposta de Deus ao pessimismo humano!

O meu ensinamento e a minha mensagem não foram dados com a linguagem da sabedoria humana, mas com provas firmes do poder do Espírito de Deus. – I Cor. 2:4 (NTLH)

Com amor,
Pr. José Carlos Ribeiro

quarta-feira, 11 de março de 2020

O CAROCHA, THE BEETLE, LA COCCINELLE, O FUSCA...

“Levem uma vida pura e inculpável como filhos de Deus, brilhando como luzes resplandecentes num mundo cheio de gente corrompida e perversa.” – Fp. 2:15 (NVT)

Sou um apreciador de automóveis antigos e admiro o avanço tecnológico que a indústria automóvel desenvolveu durante o passado século XX. Um dos automóveis clássicos que mais admiro, um clássico popular, é o carocha. Um veículo diferenciado dos demais da sua época, e não só, em muitos aspetos: a sua forma única, a mecânica extremamente simples, a fiabilidade, a robustez, a facilidade de condução, a inovação do sistema de refrigeração a ar, o motor boxer de baixo centro de gravidade, o espaço para os ocupantes, a economia... Tudo isto eram itens que levaram o carocha a ser um automóvel recordista de produção. Produziram-se mais de 23 milhões de carochas ao longo de mais de 70 anos de produção. De facto, a engenharia, a criatividade e a ousadia de Ferdinand Porsche (o engenheiro criador e projetista do carocha) no desenvolvimento deste veículo, levou a este sucesso em tantos domínios.

Um carocha é um carro que sobressai entre a multidão. Sobressai por ser diferente, mesmo nos dias de hoje, e continua a ser um automóvel que ou se gosta, ou se desgosta! É mais um exemplo de que o gosto humano pelas diversas coisas e valores não é universalista. No entanto, o carocha é sempre visível no meio das ruas e demais veículos e continuará a ser um marco na indústria automóvel. Já tive alguns e testemunho que é um automóvel realmente diferente!

Pensando no ser humano, cada um de nós é único em seus diversos aspetos identificativos, seja por valores, caráter, personalidade e temperamento, aspeto físico e muito mais. Somos únicos e diferenciados! E, se levarmos em conta o facto de sermos filhos de Deus, chamados e colocados aqui para “brilhar como luzes resplandecentes num mundo cheio de gente...”, ainda mais se notará essa diferenciação entre os demais. Mas há um senão, tal como no carochinha desta história... É que uns gostam e outros desgostam!

Nunca será possível brilhar e fundar referência no meio da multidão, se te permitires diluir entre ela e agradar a todos!

Sê “carocha”... Sê referência... Sê quem tu és!

Com amor,
Pr. José Carlos Ribeiro

quinta-feira, 5 de março de 2020

AMIGOS

"Ninguém tem maior amor do que este: de dar a sua vida pelos seus amigos.” – Jo. 15:13

O que é um amigo?
Hoje falamos muito de amigos em forma virtual: “Ele já é teu amigo no Facebook?”; “Aceitaste o seu pedido de amizade?”; “Não o sigo porque deixou de ser meu amigo.”; “Não sou mais seu amigo porque não faz like.”; etc, etc, etc... Mas também falamos dos amigos que não consideramos mais nossos amigos: “Acabei com esta amizade porque não estava a ganhar nada com ela.”; “Era meu amigo mas disse-me coisas muito fortes.”; “Apesar de amigos, sempre senti que um dia iríamos deixar de o ser.”; etc, etc, etc.

Mas o que é um amigo?
Não me compete dizer o que um amigo é, pois cada um de nós tem várias concepções e experiências de amizades. Desejo, no entanto, ressaltar algumas qualidades da amizade.

Uma amizade não depende de circunstâncias. Seja por separação geográfica ou por um tempo extenso passado. A amizade verdadeira perdura.
Uma amizade não busca interesses pessoais próprios. O amigo tende a servir sempre o outro, independentemente das condições existentes. Quando um amigo busca somente ser servido pela amizade, isso não é amizade.
Um amigo fala abertamente o que precisa ser dito. O verdadeiro amigo manifesta-se sempre interessado em que o amigo se desenvolva e se corrija. É capaz de expor as necessidades de melhorias do seu amigo, ou mesmo as debilidades em que este se encontra.
O verdadeiro amigo é aquele que, se pensares num momento difícil que venhas a passar, tu sabes que estará sempre disponível.
O amigo não mente só para agradar ao amigo. Diz sempre a verdade, mesmo que isso incorra em algum tipo de desconforto.

E o que estás tu a fazer com este sentido de amizade? Queres ter amigos ou queres ser amigo? Pois... É diferente!

Jesus é o AMIGO! Ele deu a sua vida por todos os demais sem os conhecer... Sem me conhecer! A amizade de Jesus não dependeu de quem eu sou... Dependeu de quem Ele é!

Estás disposto a ser amigo?

Com amor,
Pr. José Carlos Ribeiro