sexta-feira, 29 de maio de 2020

DEUS REINA!

“Digam entre as nações: ‘O Senhor reina!’...” – Sl. 96:10a (NVT)

Uma das particularidades da igreja de Jesus é o declarar o não visto ainda. A profecia é algo muito exposto na Bíblia, entendendo nós, Seu Corpo, que tudo o que ali está exposto é realizável e totalmente credível.

O povo de Deus é um povo de fé. Não é um povo que vive sob condições circunstanciais, ou por mera submissão aos contextos sociais, económicos ou governativos. Tampouco é um povo subversivo que levante movimentos de oposição, ou de revolução, meramente humanos. A nossa revolução é a revolução do amor, do otimismo e de uma certeza de vida de Deus e com Deus.

Existem, no entanto, três modos pelos quais temos pautado a nossa conduta de fé neste reinado que a Deus pertence:
1) MODO LITERÁRIO:
Deus é alguém que conhecemos pela Sua Palavra, trazemos as Suas Obras à nossa racionalidade e, como tal, o nosso ego pesa sempre mais em todos os momentos de decisão.
2) MODO RELIGIOSO:
Conhecemos a Deus, e até já temos experimentado o Seu mover de forma sobrenatural, mas continuamos a relacionar-nos com Ele de forma distante, alguém que, por vezes está, outras vezes não está. Procuramos observar as suas regras de forma legalista, pensando que, se não as cumprirmos, Ele nos fará sofrer as consequenciais. Também é o modo pelo qual vemos os outros, ou seja, nunca estão preparados ou adequados ao mover de Deus nas suas vidas, nem para exercerem qualquer tipo de ministério
3) MODO EXPERIENCIAL:
Toda a nossa vida, toda a nossa conduta, as nossas decisões, experiências e conquistas, são totalmente colocadas de forma “abandonada” nas mãos do Rei. Ele pode fazer tudo como Lhe apraz, mesmo quando nos dá a entender que não é adequado à nossa forma de pensar.

Temos que tomar a decisão de permitir que Deus reine em nós, antes de o declararmos ao mundo. Ele reina sim, e é o Rei sobre todas as nações! Vamos deixá-lo reinar em tudo e em nós mesmos.

Com amor, 
Pr. José Carlos Ribeiro

quinta-feira, 21 de maio de 2020

A TENTADORA (IN)SEGURANÇA DO SER

“Pensemos em como motivar uns aos outros na prática do amor e das boas obras.” – Hebreus 10:24 (NVT)

Todos queremos ser alguém! Queremos ter reconhecimento e sermos considerados insubstituíveis, inseparáveis e incomparáveis. O ser humano (cristão ou não cristão) prolifera numa auto-análise de grande envergadura e sempre preparado para investir o seu saber (ou então o não saber!) nas vidas dos demais.

Todos temos feridas, sendo que algumas estão tratadas e outras não. Quem o nega é um ferido por tratar. Consecutivamente, o ferido fala do tema no qual está ferido. Uma das coisas que os feridos têm em comum, é uma falta de segurança em tudo o que dizem e fazem. Precisam de uma constante aprovação, de uma constante palmada nas costas e, ainda por cima, não confiam em ninguém, por mais fiéis que esses lhe sejam. Não conseguem delegar responsabilidades em outros, desconfiam dos interesses dos demais, vivem sob uma atmosfera de roubo da sua identidade e não suportam que outros façam algo maior que eles!

Infelizmente, tenho ouvido algumas destas pessoas dizerem que não reconhecem que estes ou aqueles tenham ministérios ou dons do Espírito Santo. Isto é completamente anti-bíblico... Os ministérios da Igreja e os dons do Espírito Santo são para todo o Seu Corpo, e o nosso Senhor Jesus deixou-o muito claro com a sua imperfeita e insegura equipa de trabalho, assim como o Apóstolo Paulo, ou mesmo todos os heróis da fé relatados na história da igreja!

Aquilo que tu és não vem por aquilo que tu fazes, pensas ou demonstras. Vem somente por aquilo que deixas o Espírito Santo ser em ti! Não te deixes vencer pelos medos e inseguranças que a tua educação, ou a falta de uma paternidade, trouxe à tua vida, ou pelo sufoco de uma busca de realização pessoal.

Vive mais além disso. Vive para os outros... Dedica a tua vida a oferecer segurança aos demais e a segurança te tomará também.

Com amor,
Pr. José Carlos Ribeiro

quinta-feira, 14 de maio de 2020

POR QUÉ NO TE CALLAS?

“Quanto mais você fala, mais perto está de pecar; se você é sábio, controle a sua língua.” – Provérbios 10:19 (NTLH)

A frase deste título ficou registada na história, no decorrer de uma Cimeira Ibero-Americana. O autor que a proferiu foi, o então, Rei de Espanha, no ano de 2007. Foi uma rápida interjeição dirigida ao Presidente da Venezuela, interrompendo toda uma série de afirmações inusitadas proferidas por este, e que levava a que não se permitisse o devido desenvolvimento do diálogo e dos trabalhos políticos da cimeira.

Nos dias que correm, tenho, quase que por obrigação a uma dependência do 'online', passado mais algum tempo nas redes socias e diversos meios de comunicação existentes. Antes deste período, praticamente só via aquilo que entrasse diretamente no meu feed, sem fazer qualquer scroll. Hoje vou um pouco mais além e, por vezes, espreito em scroll o feed de notícias de maneira variada e sem procuras exatas.

É aqui que me detenho surpreendido com tantos potenciais presidentes da república, primeiros-ministros, 'experts' em saúde pública e mestres em matérias religioso-sociais. Vejo que, afinal, muitos sabem muito mas nunca o demonstraram e, acima de tudo, estão num nível superior aos demais em conhecimento, matérias secretas e por desvendar! Dominam a teoria, expressam a prática teoricamente e submetem os restantes a meros observadores. São críticos sem nunca terem sido parte duma possível solução. Alguns são mesmo grandes teólogos, conhecedores da Bíblia e estão sempre com um ensinamento preparado para dar. Afinal, estes são os detentores de uma avassaladora convicção de liderança que todos devem reconhecer, sem excepção, mesmo que nunca a tenham submetido à avaliação dos demais!

Apetece-me perguntar porque é que, afinal, nunca os vi dispostos a somar o que defendem e a juntar-se a quem já está a trabalhar... Temos tanto para dar e tanto para somar, mas a premissa de sermos reconhecidos numa construção de auto-imagem promocional, tem-nos levado a ficar pelo efémero mundo das palavras vãs e despidas de experiência.

Acho que vou continuar pelo feed que me cai na frente dos olhos, e a pensar para com os meus botões: “POR QUÉ NO TE CALLAS?”

Eu assim continuarei... CALLADITO!

Com amor,
Pr. José Carlos Ribeiro

quinta-feira, 7 de maio de 2020

MIND THE GAP

«Jesus lhe disse: “Venham comigo, que eu vos ensinarei a pescar gente”.» - Mateus 4:19 (NTLH)

“Mind the Gap” - Esta é a famosa expressão audível e lida em todas as linhas de um dos metropolitanos mais famosos do mundo, na cidade de Londres. Numa tradução adaptada, significa simplesmente “lembre-se do degrau” ou “cuidado com a separação entre a carruagem e a plataforma”. Tal como em qualquer outro metropolitano ou comboio, esta separação ou fenda/friesta é uma realidade com a qual temos que lidar sempre com cuidado e lembrança, a fim de não falharmos o passo e cairmos na linha!

Incluído neste processo de entrada e saída do metro, está o iniciar uma deslocação ou a chegada a uma estação. Isto faz-me lembrar que o tempo que vivemos é um tempo que, para uns pode ser de chegada, para outros pode ser de partida. Chegada a um estágio de estagnação, de prostração e aceitação de uma situação de paragem, de falta de novidade e de monotonia. Partida para um novo destino, que traz expectativa, novidade e movimento.

Não sei qual é o estado em que te encontras... Se é o de chegada, ou se o de partida. O estado de chegada traz um sentimento de estabilidade, sim, de conforto e comodismo mas, depois disso, não há nada mais. O estado de partida traz entusiasmo pelo novo destino e adrenalina pelo desconhecido.

Hoje, a igreja de Jesus, tu e eu, estamos no momento exato de atentarmos para o degrau. Seja na entrada, ou seja na saída, partida ou chegada! E esta igreja não está parada numa estação. Está a avançar sem tréguas para com o inimigo e para com a estagnação.

Ouve e lê bem este aviso – “Mind the Gap”. Decide bem o que fazes. Arrancas na viagem ou estagnas na estação? Gostaria muito de contar contigo nesta viagem vitoriosa, mas a decisão é somente tua.

Hey... “MIND THE GAP!”

Com amor,
Pr. José Carlos Ribeiro