quarta-feira, 30 de outubro de 2019

ESTRELAS CADENTES

Sejam filhos de Deus, vivendo sem nenhuma culpa no meio de pessoas más, que não querem saber de Deus. No meio delas vocês devem brilhar como as estrelas no céu, entregando a elas a mensagem da vida. - Fp. 2:15b e 16a

Tens o hábito de observar as estrelas no céu?
Em dias de pouco luar, sem nebulosidade e numa boa localização sem poluição, temos uma imagem indescritível de beleza exposta nas estrelas luzentes que iluminam o universo visível ao olho humano. É arrebatador ver tanta simplicidade em tamanha imensidão de espaço! As estrelas brilham e são visíveis. As estrelas têm beleza porque podem ser contempladas em qualquer altura, e nas suas mais diversas constelações tornam-se objeto de estudo, orientação e inspiração. Mas esta observação só se torna possível porque sabemos que estas estrelas estão lá!

Existe, no entanto, outro tipo de estrelas: as estrelas cadentes. Na realidade são pequenos meteoros que, ao entrar na atmosfera terrestre, incendeiam numa rota descendente (cadente) acabando por se desintegrar. As estrelas cadentes são de uma rara beleza, tomam diversas cores conforme a composição do meteoro e levam-nos a ficar boquiabertos com tamanha formosura exposta no céu!

São, não poucas, as vezes que tentamos ser estrelas cadentes. Estrelas de grande beleza, grande impacto e grande formosura. Queremos, a todo o custo e de um momento para o outro, brilhar como as estrelas cadentes, deixando rastos de cores imensas e brilhos celestiais! Mas a característica da estrela cadente é que não fica no firmamento para inspirar e ser mais e mais observada. Ela esvai-se em desintegração e, findo o momento de beleza, já nada existe após!

O Apóstolo Paulo desafia-nos a “brilhar como as estrelas no céu...” e não como as estrelas cadentes! As estrelas no céu brilham e continuam a brilhar, dia após dia, mês após mês e ano após ano. O brilho que resplandece da tua vida é contínuo e não inconstante. Não sejas levado/a pelo brilho passageiro que este mundo te pede e da inspiração momentânea que possas suprir... Sê aquilo que és... Sê luz no mundo... Sê constante em brilho.

Não te rendas à estrela cadente que tende a fluir de ti!

Com amor,
Pr. José Carlos Ribeiro

quarta-feira, 23 de outubro de 2019

BELA VIDA!

Os sábios, pois resplandecerão como o resplendor do firmamento. E os que a muitos ensinam a justiça refulgirão como as estrelas, sempre e eternamente. - Daniel 12:3.

Por vezes olhamos para certas pessoas e começamos a julgá-las pela bela vida que aparentam ter. Belas roupas, belo carro, bela família, belos filhos, belo trabalho, etc... Todos caímos neste tipo de julgamento e comentamos frequentemente – "BELA VIDA"! De facto, é bom verificar as coisas boas nas vidas dos outros e melhor ainda é reparar nisso sem inveja ou julgamento, mas celebrando essas belas vidas junto desses. 

Gosto de acordar todas as manhãs e encher a minha mente e o meu coração de gratidão por todas as coisas em que sou abençoado. Sejam materiais, emocionais ou espirituais. Começar o dia a celebrar a vida é coisa que vai sendo cada vez menos frequente no ser humano. Temo-nos prendido demasiado às coisas “sérias” da vida e vivemos como que tudo e todos estivessem contra nós e a viver melhor que nós. Mas isso é totalmente falso. Tu e eu temos uma vida simplesmente BELA!

Mas para gozarmos deste BELA VIDA que todos podemos ter, é necessário também colocarmos a nossa vida à disposição de outras pessoas.

Uma das principais características do sábio é a de não reter o que aprendeu, mas ensinar a outros. Doar a sua vida, os seus sonhos, as suas forças e o seu conhecimento em prol de outras pessoas e famílias. Levar a que a sua vida se torne uma BELA VIDA aos olhos dos demais. Quando temos este tipo de comportamento, passamos a ter o entendimento de que somos um presente para a nossa família, para a nossa igreja e para a nossa comunidade.

A minha vida é muito importante... A tua vida é muito importante, por isso não podemos permitir pensamentos de desvalorização, de morte ou de desistência. Celebra a vida em adoração a Deus... Celebra a vida reconhecendo que estás em construção... Celebra a vida doando-te a outras vidas.

Sê apaixonado por Jesus e a Sua Causa. Reaje e vive com dignidade diante de Deus e dos homens.

Tens uma BELA VIDA, e eu também!

Com amor,
Pr. José Carlos Ribeiro

quinta-feira, 17 de outubro de 2019

ON / OFF

Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor. - 1 Coríntios 15:58

Temos adotado um sistema de vida de ON/OFF. Um sistema intermitente de tudo ou nada... gosto ou detesto... entrego-me ou desisto... vou ou fico... faço ou desfaço... E este tipo de sistema implantado nesta cultura mediática tem chegado a todos os domínios da nossa sociedade. Assim tenho analisado.

Uma das origens, senão a principal, para este tipo de contornos deste sistema, é a substituição de valores por conceitos. A diferença entre ambos é abismal e não são compatíveis. Ou nos movemos por valores ou nos movemos por conceitos. Valores são constantes... Conceitos são variáveis...

Os valores de lealdade e fidelidade passaram a ser conceitos. No tempo de Jesus também era assim, mas Ele morreu por lealdade ao Pai e fidelidade aos homens. Ainda que tenha sido traído por um amigo desleal (não foi por um inimigo) e sido negado pela sua equipa de trabalho (não eram simples conhecidos), Jesus não se submeteu a um conceito mas sim a um valor... O valor da firmeza e constância do Seu Chamado!

A ordem que o Ap. Paulo dá à igreja de Corinto é bem expressiva e com consequências benéficas. Ser firme e constante (valores), abundante na obra do Pai (valores), e a consequência chega sempre com resultados confirmados pelo próprio Deus!

Que incrível e maravilhoso poder mover-nos por valores e não por conceitos. Há um futuro risonho, brilhante e cheio de resultados que estão à espera de todos que se movem por valores!

Fica no ON! Desliga a opção OFF!

Com amor,
Pr. José Carlos Ribeiro

quinta-feira, 10 de outubro de 2019

RÓTULOS

Pois decidi nada saber entre vocês, a não ser Jesus Cristo, e este crucificado. - I Co. 2:2

Gosto de rótulos nas embalagens!
Redondos, quadrados, coloridos ou a preto e branco, com relevo, sem relevo, foscos, brilhantes, modernos, retro, em português ou em outras línguas… Gosto muito do design e da criatividade gráfica!

Não gosto de rótulos que me rotulem a mim! Não gosto se são verdadeiros, ou se são mentira, se são bajuladores ou peneirentos, se lisonjeadores, diretos ou indiretos… Não gosto nada que me rotulem!

Infelizmente, dou por mim a rotular rótulos nos outros. Rótulos de exclusão ou de inclusão, rótulos de comparação ou de semelhança, de separação, de superioridade ou de inferioridade… Rótulos, sempre rótulos, são tão comuns em mim para com os outros!

Paulo adverte os Coríntios de que, nada saber do que se passa entre eles ou o que eles são, é uma decisão. Somente saber de Jesus, ser rotulado sobre Jesus ou rotular a Jesus como crucificado, é a sua decisão. Lembramos que Jesus não morreu na cruz porque os homens e as mulheres eram bons ou superiores, mas porque eles eram maus, depravados, cheios de arrogância, de orgulho, propensos a usarem de rótulos e a se dividirem. E esta é a mensagem mais relevante… O anunciar a Jesus Cristo, e este crucificado.

Da próxima vez que te atreveres a rotular alguém, lembra-te que os rótulos só vão servir para descartares relacionamentos, te subires a algum mais alto estágio sobre alguém, e simplesmente retirares o olhar da mensagem da Graça de Jesus! Deixa também os rótulos com que te auto-rotulas… Aqueles rótulos de vaidade, de promoção ou de independência de outros e de Deus!

Jesus deixou todos os rótulos… Paulo deixou todos os rótulos…
Seremos tu e eu maiores que estes?!

Com amor,
Pr. José Carlos Ribeiro

quinta-feira, 3 de outubro de 2019

THE MUPPET SHOW

O tolo cruza os braços e destrói a própria vida. - Ec.4:5

Nas séries dos "Marretas" (The Muppet Show) sempre encontrei uma sarcástica analogia entre uma representação do mundo do espectáculo e um estilo de vida patente temporalmente. Era uma série muito engraçada e, pessoalmente, cativava-me por ter estes enredos perante a sociedade da época.

Entre várias aspetos, salientava-me a observação de três tipos de personagens existentes:
1) o personagem de personalidade forte e marcante que continuamente buscava o protagonismo e o reconhecimento - a Miss Piggy.
2) o personagem de personalidade humilde, singelo, de aspeto frágil e até submisso, mas que sem ele este mundo do espetáculo não existia - o Sapo Cocas.
3) os personagem que sempre criticavam, nada cooperavam para este mundo do espetáculo e que só observavam de longe sem se intrometerem em nada - os velhotes Statler e Waldorf.

Aqueles que mais criticavam e menos faziam, aliás, nada faziam, eram mesmo estes últimos, os velhotes. Eram sarcásticos, cruéis, sem misericórdia nas críticas e muito destrutivos nos comentários que faziam. Por outro lado, aquele que mais operava em favor do espetáculo, esse era simples, humilde e quase passava despercebido nos enredos mais complexos.

Daqui tiro uma lição e, por isso, relembro esta série tão animada e popular: muitos que criticam com crueldade aquilo que a Igreja está a construir são, na sua essência, aqueles que estão de braços cruzados, observando a ação à distância, sem sujarem as mãos nem somando seja o que for para a expansão do Reino de Deus na sua cidade ou nação.

Para mim o alerta é claro. Os braços são para ser usados na construção, com concórdia ou em discórdia, mas construindo sempre. Estando cruzados e caindo na crítica barata, estarei a destruir a minha própria vida.

Será que precisas deste alerta também?
Verifica, analisa e sê parte deste "The Muppet Show".
O espetáculo está a começar!

Com amor,
Pr. José Carlos Ribeiro