Nas séries dos "Marretas" (The Muppet Show) sempre
encontrei uma sarcástica analogia entre uma representação do mundo do
espectáculo e um estilo de vida patente temporalmente. Era uma série muito
engraçada e, pessoalmente, cativava-me por ter estes enredos perante a sociedade
da época.
Entre várias aspetos, salientava-me a observação de três
tipos de personagens existentes:
1) o personagem de personalidade forte e marcante que
continuamente buscava o protagonismo e o reconhecimento - a Miss Piggy.
2) o personagem de personalidade humilde, singelo, de aspeto
frágil e até submisso, mas que sem ele este mundo do espetáculo não existia - o
Sapo Cocas.
3) os personagem que sempre criticavam, nada cooperavam para
este mundo do espetáculo e que só observavam de longe sem se intrometerem em
nada - os velhotes Statler e Waldorf.
Aqueles que mais criticavam e menos faziam, aliás, nada
faziam, eram mesmo estes últimos, os velhotes. Eram sarcásticos, cruéis, sem
misericórdia nas críticas e muito destrutivos nos comentários que faziam. Por
outro lado, aquele que mais operava em favor do espetáculo, esse era simples,
humilde e quase passava despercebido nos enredos mais complexos.
Daqui tiro uma lição e, por isso, relembro esta série tão
animada e popular: muitos que criticam com crueldade aquilo que a Igreja está
a construir são, na sua essência, aqueles que estão de braços cruzados,
observando a ação à distância, sem sujarem as mãos nem somando seja o que for
para a expansão do Reino de Deus na sua cidade ou nação.
Para mim o alerta é claro. Os braços são para ser usados na
construção, com concórdia ou em discórdia, mas construindo sempre. Estando
cruzados e caindo na crítica barata, estarei a destruir a minha própria vida.
Será que precisas deste alerta também?
Verifica, analisa e sê parte deste "The Muppet
Show".
O espetáculo está a começar!
Com amor,
Pr. José Carlos Ribeiro
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