(Continuação da semana passada...)
A história da igreja relata a sua ação executada por um bando de loucos: remamos contra a maré; somos considerados "desencaixados"; falamos de coisas que ninguém entende; admitimos a realidade do pecado; o nosso Líder é um morto que ressuscitou e disse que vai voltar; cremos em milagres; anulamos o poder da enfermidade no corpo humano; apregoamos a possibilidade de santificação; temos esperança no mundo vindouro; reconhecemos a existência do inferno; alertamos as pessoas que precisam escapar do juízo; os nossos líderes são, frequentemente, homens e mulheres que reputamos como cheios do Espírito e ensinadores da justiça.
A componente “loucura” é, na verdade, inerente à mensagem do Evangelho porque, como disse Jesus, “o meu reino não é deste mundo”. A isto se associa o facto de que é necessário haver uma certa perseguição aos crentes, ainda que de forma velada, ainda que não a provoquemos, ainda que procuremos viver em paz. A Igreja nunca estará confortável neste mundo... Quem está confortável precisa rever se é verdadeiramente um servo de Deus fiel. A oposição a esta "loucura" vem pela Fé e Razão, que constituem dois meios de obtenção do conhecimento verdadeiro, mas cada uma preenche o espaço que Deus lhe reservou. Na verdade, a razão serve para compreender as coisas espirituais mas, atenção! Somente o homem espiritual consegue que a sua razão seja iluminada pelo Espírito Santo, o que se alcança por meio da fé.
A boa teologia não é irracional, tampouco racionalista: a boa teologia é aquela que reconhece os limites da razão humana e que glorifica a Deus, justamente por entender que a Sua Palavra revela mistérios.
Este é o "bando" a que pertencemos! Desafiados a viver uma "loucura", mas adaptados a transformar todas as circunstâncias à nossa volta!
Que bando!
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