quinta-feira, 15 de outubro de 2020

(IN)TOLERÂNCIA

“E Tiago continuou: - A minha opinião é esta: eu acho que não devemos atrapalhar os não judeus que se estão convertendo a Deus.” - At. 15:19 (NTLH)

Em determinada altura dos primeiros passos da igreja, descritos no livro de Atos dos Apóstolos, foi organizada uma reunião específica para tratar da contextualização da mensagem do evangelho ao mundo não judeu. Até então, a cultura judaica era a base para as formas e metodologias de culto, mas o povo não judeu, os gentios, não poderiam ser alcançados com o mesmo método e normas que os judeus entendiam. A mensagem deveria ser a simples e pura mensagem do evangelho, sem qualquer deturpação, mas tinha que chegar na linguagem que os gentios entendessem e não fazer com que estes tivessem que assimilar a cultura judaica.

Quando isto se começou a aplicar no terreno, muita luta existiu e muitos diferendos também. Mas uma coisa é certa: a igreja começou uma obra de tolerância ao ser humano e o alcance foi sem medida até aos dias de hoje. Hoje temos uma tendência a ficar demasiado presos a formas e metodologias de culto, de ensino ou de estilos, e esquecemos que o ser humano, qualquer que seja, bom ou mau, precisa ter acesso livre e absoluto ao evangelho da graça, paz e amor de Jesus Cristo. Essa graça e essa paz só existem se a igreja se chegar ao ser humano sem restrições, complexos ou intolerâncias.

Certa vez, Jesus contou uma parábola sobre o Reino dos céus, a conhecida parábola das bodas (Mt. 22:1-14). Ali, Jesus contava que um rei havia preparado uma grande festa de casamento para o seu filho. Todos os convidados deram desculpas para não ir, por isso, o rei ordenou aos seus servos para irem por todo o lado a convidar a todos os que passassem por eles, para virem participar da festa e do banquete, sendo específico que convidassem “tanto maus como bons” (vr.10). A sala do banquete ficou cheia de convidados!

Qual é o nosso trabalho? O nosso trabalho é fazer que TODOS saibam que o banquete está pronto e que TODOS são convidados – bons e maus!

Com amor,
Pr. José Carlos Ribeiro

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