sexta-feira, 8 de fevereiro de 2019

FICAR A VER NAVIOS

“Não ameis o mundo, nem o que no mundo há.” – I Jo. 2:15a

Conta a história que após a batalha de Alcácer-Quibir em Marrocos, no ano de 1578, Dom Sebastião, Rei de Portugal que tinha participado nesta batalha e que tinha sido dado como desaparecido, era esperado pelos portugueses que regressasse num navio qualquer e ainda com vida, para voltar a levar o reino português de volta à época de grandes conquistas.

Assim, o povo subia a pontos altos e a cada chegada de navios, aguardavam na esperança de um Rei vivo regressado e conquistador. Ficavam a ver navios!

Pois é... Infelizmente dou por mim tantas e tantas vezes à espera de algo que não acontece! Isto porque começo a colocar os olhos nas coisas tangíveis ao olho humano, nas coisas em que deposito confiança como simples humano natural, numa esperança de que essas coisas sejam de provisão e solução para as necessidades que enfrento, sejam materiais, emocionais ou até espirituais.

Sempre que isto acontece, o Espírito Santo leva-me a perceber o grande lapso em que estou a viver e os erros que estou a cometer. Enfim, fico a ver navios, fico confiante na solução natural como alguém que ama mais o mundo e as suas promessas, do que a Deus e as Suas Promessas!

Creio que isto também deve acontecer ao querido leitor... não?!
Lembre-se que a pátria dos que pertencem ao Senhor Deus não é esta em que vivemos, mas sim a celestial na qual já estamos assentados (Ef. 2:6) e na qual não precisamos esperar por um rei verosímil, mas sim usufruir dum Rei verdadeiro, capaz de todas as conquistas e galardoador daqueles que a Ele se chegam e confiam as suas vidas, conduta e decisões.

Vá lá... Desista de ficar a ver navios!

Com amor,
Pr. José Carlos Ribeiro

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