quinta-feira, 1 de abril de 2021

(A)FIRMADOS

"Porém a tua casa e o teu reino serão firmados para sempre diante de ti; teu trono será firme para sempre." - II Sam. 7:16 

Os dias que vivemos são muito interessantes em análises comportamentais e eu, como pastor, sou obrigado (no bom sentido) a analisar estes comportamentos, tanto dos próximos e fiéis, como dos que estão mais distantes. Um dos comportamentos que mais se tem denotado atualmente, é a necessidade de haver afirmação pelo próprio.

Tanta gente precisa como que de ar para respirar, de se afirmar em algum âmbito da sua existência. No entanto, considero este um ponto negativo, pois se algo há de particular e singular, é a característica comportamental de cada ser humano, seja no aspeto temperamental, físico ou de personalidade. A necessidade de se fazer afirmado advém, unicamente, de uma falta de identidade contínua na vivência e forma de estar.

Por outro lado, em tempos de instabilidade e incertezas, como os que vivemos, começam a salientar-se aqueles que são firmados! Todos quantos baseiam a sua existência em algo transcendental (entenda-se, em Jesus Cristo) são pessoas cuja identidade não vacila, não precisam de se afirmar nem de encontrar motivações seja para o que for. São aqueles que estão disponíveis, sejam vistos ou não, não discutem questões superficiais, mas importam-se com a expansão do Reino de Deus e com tudo quanto está a ser construído. Naturalmente, são estes que começam a firmar-se mais e mais nos propósitos e desígnios de Deus e começam a ser pessoas indispensáveis!

O Rei David recebeu uma palavra assim do profeta Natã (versículo acima), que se desenvolveu na sua descendência e se concretizou mais tarde em Jesus.  Quererás tu receber esta afirmação na tua vida, ou vais querer continuar a te afirmares por ti próprio? Qual dos dois sentidos vigorará? Já sabes a resposta, claro!

Firma-te, mas não te afirmes!

Com amor,
Pr. José Carlos Ribeiro

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