ARMADO ATÉ AOS DENTES

"Vistam toda a armadura de Deus, para que possam permanecer firmes contras as estratégias do diabo." - Ef. 6:11 (NVT)

Há registos de que a expressão "armado até aos dentes" tem origem no séc. XIV, devido aos cavaleiros que, na época, usavam armaduras de batalha que cobriam a totalidade do corpo. Dizia-se então que estes cavaleiros, fruto de tão forte e completa armadura, eram praticamente inatingíveis por ferimentos, pois nem os dentes escapavam a esta proteção. Hoje usamos esta expressão para caracterizar alguém que se defende com toda a força e dedicação de todo e qualquer ataque, ou alguém que argumenta uma determinada posição com todo o preparo e defesa. No fundo, o esperado de alguém que esteja "armado até aos dentes" é que não seja atingido por qualquer desferimento de golpes adversários.

A Bíblia ensina-nos que existe uma armadura integral que cobre todas as áreas da nossa vida. Chama-se "a armadura de Deus" e faz com que nada nos atinja, seja no corpo, na alma ou no espírito. E, tal como a armadura destes cavaleiros, esta faz-nos viver seguros na adversidade e totalmente confiantes nos desafios que surgem. Mais ainda, esta "armadura de Deus" é o garante de que o nosso inimigo, o diabo, não consegue vencer em nenhuma das suas tentativas contra a nossa vida.

Em que se baseia o usufruto desta "armadura de Deus"? Toma nota: 

1) O cinto da verdade - Se Jesus é a verdade na tua vida, então não há mentira residente em ti. Lês a Palavra e assim vives pela Palavra.

2) A couraça da justiça - A couraça protege o peito, ou seja, o coração. O teu coração protegido pela couraça não se deixa corromper pelo pecado.

3) Pés calçados na preparação do Evangelho da Paz - A paz no meio da guerra vem pelo perdão. Se exercitares o perdão vais adquirir a Paz.

4) Escudo da fé - O escudo é acionado em defesa e a fé é firmada quando entramos em ação. Precisas agir em acordo ao que a Bíblia afirma.

5) Capacete da Salvação - O capacete guarda a cabeça, e é na cabeça que se travam muitas guerras. A Salvação de todas estas guerras vem por guardares e submeteres os teus pensamentos em Jesus.

6) Espada do Espírito - A espada é uma arma ofensiva. Para usares esta espada, precisas estudar a Bíblia, aplicá-la na tua vida e desenvolveres uma vida de oração.

Vamos avançar armados até aos dentes? É só vestir a armadura!

Com amor,

Pr. José Carlos Ribeiro

TÁBUA RASA

"Vou retornar à casa de meu pai e dizer: ‘Pai, pequei contra o céu e contra o senhor, e não sou mais digno de ser chamado seu filho. Por favor, trate-me como seu empregado’." - Lc. 15:18-19

A expressão "Tábua Rasa" que vem do latim tabula rasa, tem origem numa tábua em cera que nada tinha inscrito nela, ou seja, que estava vazia. Consta que a expressão foi tirada de Aristóteles para designar o estado de espírito que, antes de qualquer experiência, estaria completamente vazio.

Temos insistido em viver da mesma forma como outrora, querendo repetir os mesmos sistemas e usufruir das mesmas circunstâncias que vivemos no passado. Se até aqui poderíamos estar a lutar num conflito de gerações, hoje, no atual momento, vivemos um tempo muito mais agressivo e com consequências totalmente desconhecidas. Não se trata de não nos adaptarmos a uma nova geração emergente, mas a um novo modo de viver que "ataca" tanto as gerações mais antigas como as atuais, e mesmo as mais próximas!

Não há que ignorar! O tempo que vivemos e o que aí vem são totalmente diferentes de tudo o que tenhamos vivido ou experimentado enquanto raça humana!

Mas, se não enfrentarmos a nova situação de forma corajosa e flexível, sem contornar ou negar os valores e princípios da Palavra de Deus, não conseguiremos suplantar as dificuldades deste novo tempo. É preciso deixarmos de lutar pelo "inlutável" (palavra inventada por mim!) e, simplesmente, recomeçar novamente, viver um novo tempo despidos do antigo e revestidos de coragem para a novidade, que sempre nos trará benefícios e promessas.

Tal como o filho pródigo, que saiu de casa do seu pai, precisamos regressar vazios de nós mesmos, dos nossos saberes e preconceitos do vivido até aqui, para que no novo sistema de vida sejamos tão ou mais relevantes que outrora!

Em três palavras: Façamos Tábua Rasa!

Com amor,

Pr. José Carlos Ribeiro

PRISIONEIROS DA ESPERANÇA

“Voltem para a fortaleza, ó prisioneiros da esperança! Também hoje anuncio que lhes restituirei tudo em dobro.” – Zc. 9:12 (NAA)

Estamos num novo 'lockdown', e esta é uma realidade que já há muito se esperava!

Infelizmente, são tempos conturbados os que vivemos e presenciamos, e a cada dia esperamos por definições para saber como viver o dia de amanhã. No natural, ou seja, levados pela normalidade da vida humana, cria-se em nós uma sensação de insegurança, de ansiedade e de incertezas, as quais trazem desconfortos e desconfianças. Há um forte cheiro de ceticismo e incredulidade no ar!

Nós, o povo de Deus, aqueles que declaramos verbalmente mas também vivemos a vida com esperança em meio a tempos conturbados, temos uma atitude diferente. A esperança traz uma atitude positiva, construtiva e altruísta, porque a esperança é uma decisão e não um mero resultado aleatório circunstancial.

Com esta referência bíblica de Zacarias, identifico-me claramente como “prisioneiro da esperança”. E, se sou um prisioneiro da esperança, o inimigo não consegue encontrar brechas de dúvidas e temores negativos em minha vida. Mais ainda, diz aqui que estes, nos quais me incluo, recebem em dobro pelas tribulações já passadas... Wow! Deus é um Deus de esperança e os Seus pensamentos são para abençoar, trazer esperança e um futuro brilhante.

Este é um novo tempo... Um tempo para confiarmos no nosso Pai de amor e cuidado, e experimentarmos paz, determinação para avançar e alegria em todos os domínios. Precisas dar um passo concreto em fé e lançar o teu olhar firmemente para o alto, e verás as adversidades vencidas pela esperança que vive em ti.

É bom ser prisioneiro da esperança... Muito bom!

Com amor,

Pr. José Carlos Ribeiro

COMODISMO - VAI EMBORA!

"Assim, José comprou todas as terras do Egito para o faraó. Todos os egípcios tiveram que vender os seus campos, pois a fome os obrigou a isso. A terra tornou-se propriedade do faraó" - Gn. 47:20

Há cerca de 6 anos atrás, vivíamos uma situação de estabilidade na igreja. Tudo corria bem, o grupo existente na comunidade era controlável, todos se conheciam, conseguia-se desenvolver comunhão entre todos com facilidade, havia cadeiras para todos... Enfim, vivíamos uma situação de bem estar! Eis que nessa altura o Espírito Santo começa a instigar-nos para avançarmos para alvos maiores, com riscos associados, obviamente, mas para conquistarmos alvos ainda não atingidos. Note-se que alvos significa vidas!

Num determinado dia alguém chegou junto de mim e disse: Explica-me qual é a necessidade de sairmos de onde estamos? Estamos tão bem, não precisamos de nada, porque é que agora temos que entrar em áreas que nos vão trazer desconforto e dificuldades?

Normalmente, quando temos o suficiente e estamos abastados, a segurança desenvolvida leva-nos a não olharmos para novos desafios nem para dificuldades, e sentamo-nos "à sombra da bananeira" numa atitude de absoluto comodismo.

José, na Bíblia, vivia uma época de estabilidade e de fartura devido aos procedimentos de administração que tinha aplicado juntamente com Faraó. De tal forma, que os donos das terras do Egito vinham vender as suas terras a José. José poderia olhar e dizer: "Porque é que vou comprar se já tenho tanto e as contas e bens do império do Faraó estão tão equilibrados?". Mas José não ficou parado no comodismo do que tinha ou da segurança que possuía. José comprou todas as terras para o Faraó. Aquilo que José estava a fazer era perceber que esta opção não seria somente para o crescimento de um império, mas seria para benefício de todo um povo. Durante os seguintes anos de seca, José foi de tal forma generoso que salvou a sua família e todo o povo de morrerem à fome. E porquê? Porque José, no momento do comodismo, avançou para a conquista de mais, que não seria somente para ele e o seu domínio, mas seria de alcance a todos os demais!

Precisas dizer não ao comodismo... O que és ou como estás, não chega. Deus quer mais de ti e quer dar-se mais a ti! Sabes quem vai ganhar? Todos que estão à tua volta: família, amigos, igreja, nação...

Com amor,

Pr. José Carlos Ribeiro