terça-feira, 7 de dezembro de 2021

“ATÉ QUE A VOZ ME DOA”

"E a perseverança deve ter ação completa, a fim de que vocês sejam maduros e íntegros, sem lhes faltar coisa alguma." – Tg. 1:4

Esta frase é da autoria da Amália Rodrigues, aquando de uma entrevista dada na década de 80. Ainda que exista um fado, que foi interpretado pela fadista Maria da Fé, que tem este mesmo título - “cantarei até que a voz me doa”. É uma frase inspiradora de perseverança, paixão e extrema dedicação a uma arte, a arte do canto.

Eu sei que há muitas dificuldades na vida pelas quais todos somos sujeitos a passar e que nos tendem a fazer vacilar e a amolecer. Todos passamos pelas mesmas circunstâncias, inevitavelmente... Mas há alguns que são mais perseverantes e “teimosos” que outros.

Tal como a Amália Rodrigues dizia, a sua voz seria usada até que doesse (se é que a voz alguma vez doa). Uma teimosia na sua função, na sua arte e no objetivo de vida que tinha no canto do fado e que, pela sua teimosia e perseverança, se tornou uma das melhores vozes femininas a nível mundial, levando o fado a ser classificado com património mundial.

A perseverança é uma decisão de foro pessoal. Não é movida pelas circunstâncias, aliás, sejam quais forem as circunstâncias, manifesta-se a perseverança quanto mais adversas estas forem. O resultado da perseverança é integridade, maturidade, exemplo, inspiração e poder de sobrepujar toda e qualquer dificuldade.

Eu também digo e afirmo: será “até que a voz me doa”!

Com amor,
Pr. José Carlos Ribeiro

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