“Fiz-me como fraco para os fracos, para ganhar os fracos. Fiz-me tudo para todos, para, por todos os meios, chegar a salvar alguns.” – I Cor. 9:22
Levando os olhos por entre este texto, escrito por Paulo na carta aos Coríntios, vejo como este homem tomou sobre os seus ombros, e com total afinco, a obra que lhe foi confiada por Deus. Paulo submeteu-se a tudo com um único fim em vista... O proclamar e partilhar o Evangelho de Jesus a todo o ser humano.
Mas também é muito interessante verificar os cuidados que Paulo tem ao se aproximar das pessoas, povos e culturas. Tem uma preocupação constante em se contextualizar para ser aceite mas, acima de tudo, para que os demais verifiquem que ele, Paulo, não faz qualquer acepção de culturas, hábitos ou nacionalidades. Para alcançar a todos, é clara a sua preocupação e cuidados!
Isto deve ser notado em mim e em si, estimado leitor. Somos portadores da mesma mensagem, e esta mensagem é supracultural.
Ronaldo Lidório, um dos maiores referenciais vivos da atualidade do estudo e praxis missionária escreve assim:
O Evangelho é supracultural, pois define e explica a cultura, não o contrário:
- Cultural, por ter sido revelado à humanidade em seu próprio contexto e história;
- Intercultural, por juntar ao redor de Jesus pessoas de todos os povos;
- Multicultural, ao ser destinado a todos os povos e línguas;
- Transcultural, quando transmitido de uma cultura a outra;
- Contracultural, pois sempre confronta o homem em sua própria cultura.
Paul Hiebert, Missiólogo e Professor de Antropologia, no seu livro “O Evangelho e a Diversidade de Culturas”, escreve:
O Evangelho não pertence a nenhuma cultura. Ele é a revelação que Deus faz de si mesmo e de seus atos sobre todos. Por outro lado, o evangelho sempre deve ser entendido e expresso dentro de formas culturais humanas. Não há maneira de comunicá-lo fora de padrões de pensamento e idiomas humanos. Além do mais, Deus escolheu homens como meio de se fazer conhecido a outros homens.
Você e eu somos portadores desta verdadeira bomba, e não temos sido explícitos no seu uso! Por vezes, até com alguma percentagem de xenofobia, desculpamo-nos pelos demais não serem iguais, não estarem integrados na nossa cultura ou terem hábitos e formas diferentes de estar.
Certamente poderá afirmar juntamente comigo:
Sou inclusivo, sou tolerante, sou testemunha de Cristo!
Sou Supracultural!
Com amor,
Pr. José Carlos Ribeiro
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